Antes de escolher qual o tratamento adequado para a boca seca, é essencial avaliar se a função das glândulas salivares está comprometida. Dependendo do grau de comprometimento das glândulas salivares e consequente produção salivar, será possível estabelecer a forma de tratamento adequada a cada caso, para assim obter os melhores resultados.
Em casos em que a função das glândulas salivares ainda não foi muito prejudicada, o uso de estímulos gustatórios, farmacológicos, mastigatórios e elétricos são as formas de tratamento mais adequada, no sentido de estimular as glândulas salivares a aumentar a produção salivar, como forma de combate à boca seca. Em paralelo, controlar o estresse excessivo e aumentar a ingestão de líquidos são recomendações auxiliares muito importantes para ter bons resultados. Existem ainda outras formas de tratamento que podem trazer bons resultados como a acupuntura e o laser de baixa potência.
Entretanto, se a produção salivar já foi seriamente comprometida, outras formas de tratamento serão indicadas, no sentido de limitar os danos que a falta de saliva pode causar e de proporcionar conforto ao paciente que sofre com a boca seca. Nesse caso é indicado o uso de substitutos salivares e de salivas artificiais, para lubrificar e proteger a mucosa bucal, procurando restabelecer o máximo possível as funções que a saliva originalmente desempenharia.
Os substitutos salivares têm uma composição similar à saliva humana, contendo sais minerais e substâncias hidratantes e as salivas artificiais contém, além desses componentes, enzimas semelhantes às enzimas salivares humanas, que atuam auxiliando o sistema imunológico na defesa dos tecidos bucais.
No próximo artigo irei comentar sobre os exames utilizados no diagnóstico da boca seca, para medir a produção salivar, chamado sialometria, que pode ser feitas sob estímulo mecânico, gustatório, farmacológico e em repouso.